sábado, 18 de agosto de 2018

O OLHO FOTOGRÁFICO


Aprendendo a ver com uma câmara



R E V I S E D  E D I T I O N

THE PHOTOGRAPHIC EYE

Learning to See with a Camera

Michael F. O'Brien & Norman Sibley






  Sendo que em minha opinião, a câmara serve ao registo do que o olho viu e o cérebro analisou e a nossa decisão levou à escolha do registo a efectuar, aqui fica uma proposta de leitura. para todos aprendermos mais, até pela discordância ou aceitação do expresso. Boa leitura. 





segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Hoje Escrevo Eu

Um Instante do Olhar Feito de Momentos Vários



  Muitas são as vezes que o Fotógrafo decide o registo de uma fotografia pelo estímulo dos contrastes. Pela luminosidade que o agride ou o faz sonhar Pelas linhas que se cruzam. No ser de uma imagem em que o visual é razão de registo. Já, quando é a leitura de ideias que dominam o processo de execução o fotógrafo acaba por registar pensamentos transpostos a partir de uma fotografia construída no que ele é.
Por esse trajecto de construção o fotógrafo é também capaz de desconstruir a representação de si mesmo..
Um espaço vazio. Nenhum humano representado. Nenhum animal que visualizado traga até nós a ideia de uma Terra habitada. Uma falta de definição dos elementos representados, como se um ambiente irrespirável tudo dominasse.
Nessa fuga a um Realismo exacerbado que se torna no não fotográfico pois a Luz é uma forma digital e não física. A utilização de uma velha técnica para ir ao encontro da dúvida de uma existência posta em causa.
E um caminho. Atravessando em diagonal a fotografia. Como se de longe viesse e para longe se dirigisse. Não trazendo qualquer certeza ao "de onde vimos? Para onde vamos?" a completa dúvida da origem e do destino.
A dúvida como certeza. Ou a certeza da eterna dúvida.
A luminosidade que se destaca no centro, sem ser tão intensa que nos leve ao divino, abre para uma sensação de retorno. Ou mesmo de um nascimento, como futuro que se deseja.
A falsa representação do visto. As interrogações perante o olhado. O sentido para lá do que nos chamou o olhar. Os momentos justapostos, de diferentes instantes de Luz a que o Tempo trouxe um não-instante. Tornando assim a representação última, de momentos vários, que se seguiram num momento do olhar e se dão a olhar como um único momento. Um único instante.