Espero as vossas visitas, também nos acessórios móveis.
domingo, 17 de novembro de 2013
domingo, 28 de julho de 2013
HOJE ESCREVO EU
Uma das mais situações que mais
me impressiona no ensino é a oferta de formação, seja a que nível e área nos
queiramos referir. Tal acontece porque olhando a realidade do mercado do
trabalho as oportunidades de emprego serão reduzidas.
A minha observação centraliza o seu olhar sobre uma área que habito à
várias décadas a Fotografia. Percorri desde muito cedo os caminhos da
aprendizagem quer cientifica quer técnica. O facto de a seu tempo ter tirado um
valorizado Curso Profissional designado de Auxiliar de Laboratório Químico das
então Escolas Industriais, a que adicionaria o Secção Preparatória ao Instituto
Industrial possibilitou-me adquirir conhecimentos de base que muito alicerçaram
a minha formação nos caminhos da Fotografia.
Então, e dominando o mercado das edições a língua francesa não eram
muitos os títulos que chegavam ao mercado livreiro mas eram de razoável
qualidade. E se para mim o francês era porta entreaberta fácil foi entrar pelo
mundo do conhecimento fotográfico. Possuindo um traquejo assumido
profissionalmente da execução laboratorial mais fácil se tornou o domínio do
chamado "Processo Fotográfico" associando-se a tal uma certa
capacidade de comunicação com naturalidade dei início ao "ensino" de
colegas interessados nos meandros da Fotografia.
Era um período de certo romantismo e que nos acompanharia por algumas
décadas, o trabalho no fim do curso, o serviço militar com ou sem guerra
colonial no trajecto, mas e no caso uma experiência adquirida na prática
sistemática de diferentes leituras do espaço envolvente. Uns ficariam pela
prática da Fotografia como meros apaixonados, outros como no meu caso ansiado
pela possibilidade de se dedicarem ao Fotojornalismo.
Mas, como em muitas áreas a vontade, o gosto, a capacidade e mesmo a
ambição não chegavam. Portugal, país pequeno, com poucos hábitos de consumo
cultural limitava-se a olhar a Fotografia que se publicava nos jornais e só
alguns privilegiados olhavam mais à frente.
Fazer Fotografia era dispendioso, comprar livros também. E, no meu caso
fui deixando algumas notas, quer pela Leitura Arte quer pela Bertrand e muito
raramente pela Avis. E foi na Avis que comprei o meu primeiro livro
verdadeiramente caro. Um livro técnico "Fotografia Aplicada" e que me
foi "apresentado" pelo proprietário, Sr. Manuel Camanho. Refiro que
estou a falar da cidade do Porto a qual tinha na Associação Fotográfica do
Porto, no Cineclube do Porto e da Cooperativa Artística Árvore, espaço de
observação e alguma discussão.
Mas formação não existia. Ela surgiria com a criação da área Ensino da
Cooperativa Árvore a que se seguiram e de forma espaçada algumas propostas, não
muitas e que vieram valorizar o ensino da Fotografia.
A revolução dá-se com o aparecimento da Fotografia Digital, a fotografia
que ocupava já um espaço interessante no panorama nacional, Encontros de
Coimbra e Braga. Propostas de ensino várias. Vê espraiar-se um mercado de
consumo vasto e a que não é alheio o aparecimento da Internet e das redes
sociais. Entretanto vulgariza-se o "objecto" telemóvel com câmara
acoplada. Novos "praticantes" utilizam os diferentes sistemas mas
acabam sempre por ambicionar uma Câmara Fotográfica. As mesmas surgem em
catadupa cada vez mais eficientes e mais económicas. O digital trás consigo a
vantagem de não haver consumíveis, reduzindo assim de forma significativa os
custos.
Os interessados tornam-se potenciais consumidores dos "Cursos"
existentes ou a surgir e o a surgir ganha então a dimensão de quase tempestade.
Vulgarizam-se as propostas umas de qualidade inquestionável outras de retrato
duvidoso. Muitos são os Fotógrafos que começam a oferecer as suas propostas de
formação. E, como em tudo haverá quem marque o seu espaço pela qualidade do
Ensino ministrado outros pelo "potencial" do nome. Aqui começam a
surgir as dúvidas quanto ao valor de muito do proposto e justificação para a
sua existência.
O praticante rapidamente e em função do seu poder de compra, assume o
conhecimento como facto adquirido. O domínio de uma quantas propostas de
programas de manipulação digital
associada à posse de material de gama média alta, torna-os fotógrafos.
O Custo do Trabalho começa a baixar, são muitas as propostas e como soi
dizer-se "muitos cães a um osso", o mercado degrada-se, muitos
caminham no trajecto da ilusão.
E, é aqui que muitos, faculdades, escolas formadores avulso se tornam vendedores de
ilusões. O mercado não comporta a imensa massa dos que pretendem ser
Fotógrafos. A atitude perante a vida profissional baixa os valores
comportamentais. Eles são os que vão usando trabalhadores em estágios ritmados
e não pagos. Há sempre alguém que acabou um curso e quererá estagiar. Eles são
os que através de conhecimentos, compadrios (no meu tempo dizia-se, cunhas) e
mesmo posições pouco verticais, arranjam o emprego desejado.
O mercado está já como um balão acabado de rebentar. São muitos os que
perante tal se sentem incapazes de dar a volta. Ou porque não sabem fazer mais
nada ou porque a idade não perdoa. Entretanto os vendedores de ilusões
continuam a propor os seus cursos, ditos "Profissionais" ou
"Artísticos" e os jovens ou menos jovens, sonham.
É muita a ânsia de singrar, numa actividade que continua carregada de
romantismo e de que se gosta. São muitos os que estarão prontos para se
aproveitar de tal desejo, mas muito poucos os que estarão dispostos a recolher
os despojos.
Lisboa, 28 de Julho de 2013
sábado, 27 de julho de 2013
Um Olhar Sobre A Fotografia a Partir da Fotografia de Sebastião Salgado
Ana Maria Lima de Moraes
Resumo: O meu projeto pretende refletir sobre a fotografia de documentação, em especial, sobre o trabalho do brasileiro Sebastião Salgado. A reflexão em torno da documentação se deu, primeiro, pela escolha de Salgado, fotógrafo que eu queria me aprofundar mais; segundo, porque diversas vezes ouvi comentários e discussões sobre a validade atual da documentação, em função do deslocamento do real proposto pelas novas tecnologias ligadas à comunicação e à informação. Como para mim, a fotografia de Salgado é muito mais que um discurso social ou um registro social, resolvi investigar o que uma fotografia em geral, e em especial a de documentação, efetívamente nos apresenta. E de que forma Salgado se insere nesse contexto. Dessa forma, escolhi traçar um caminho permeando e me apropriando de alguns conceitos semióticos como método de análise, que me proporcionou analisar claramente os elementos que constituem a linguagem fotográfica utilizada para a construção de uma mensagem visual. O resultado foi uma compreensão maior sobre o trabalho de Salgado e principalmente, sobre a formação do olhar fotográfico trabalhado na documentação. Portanto, meu objetivo é primordialmente refletir sobre a construção de um olhar dentro da fotografia de documentação enquanto "linguagem de comunicação"
sexta-feira, 26 de julho de 2013
August Sander e Homens do século XX: A Realidade Construída_Paulo Rossi
Um novo endereço aqui vos proponho e que permitirá o encontro com um trabalho
https://docs.google.com/viewer?url=http%3A%2F%2Fwww.teses.usp.br%2Fteses%2Fdisponiveis%2F8%2F8132%2Ftde-28042010-095602%2Fpublico%2FPAULO_JOSE_ROSSI.pdf
quinta-feira, 25 de julho de 2013
TÉCNICAS FOTOGRÁFICAS ALTERNATIVAS-NUEVAS TECNOLOGÍAS Y SUS POSIBLES APLICACIONES PEDAGÓGICAS
María del Carmen Moreno Sáez
Muito mais que um trabalho sobre questões que ligam o Ensino com a Fotografia a que as técnicas alternativas servem de razão. Uma abordagem, que percorrendo questões de avaliação sobre o ensino artístico e da fotografia nos mostra caminhos de observação sobre a criação artística, a Fotografia no seu processo criativo e a sua relação com o ensino. Hoje, que são imensas as propostas de "ensino" da Fotografia proponho aos que ensinam o Saber Olhar, a leitura deste trabalho.
domingo, 9 de junho de 2013
hoje escrevo eu_UM OLHAR SOBRE O HOJE NA FOTOGRAFIA
No universo da
Fotografia sempre existiu uma palavra que me incomodou "puristas" o
que não invalida o facto de existir uma outra "Fotografia
Contemporânea". Associada a ambas está para mim, uma determinante, a valorização de
um estilo, método, escola, da representação fotográfica.
Ao surgir a
facilidade de executar, com controlo de qualidade média/alta diferentes
parâmetros técnicos, a Fotografia passa a estar ao alcance de uma massa que
utiliza a Fotografia como bem entende e nisso nada de desagradável ou de
menoridade quanto a resultados obtidos e os quais contrariam fortemente uma
pretensão estética rígida. Por outro lado surge uma imensidade de defensores de
novas expressões estéticas as quais muitas vezes estão meramente associadas à
utilização de tecnologias do tratamento informático do material obtido
digitalmente.
São variadas as propostas e não vou aqui enumerá-las.
Interessa-me destacar é o facto de se tornarem moda. E os seus adeptos a
transformarem em culto, e como qualquer culto o sentido de seita reduz a um
conceito redutor quer a defesa quer o denegrir desses processos de criação de
imagem.
A utilização de um
qualquer programa de tratamento digital da Imagem Fotográfica não tem para a
maioria dos actuais fotógrafos nenhuma relação com a Fotografia realizada antes
do aparecimento da Fotografia Digital. A maioria nunca praticou outro processo
que não seja o Digital, por isso a sua relação com a Imagem Fotográfica é
esvaziada do que anteriormente se designava de "Processo
Fotográfico", a maioria apenas pretende registar o momento e aí sim
estamos como sempre estivemos na raiz da Fotografia. O Registo como memória.
Quando esse registo passa pelo "tratamento
digital" muitos são os parâmetros que se alteram, colorimétricos,
contrastes, luminâncias, valores temporais, etc. Assim, tudo muda desde a
representação temporal, a inexistência de um elemento que caracterize a época
verá falseada a mesma perante um tratamento que "mude" a idade da Fotografia. Alguns trabalhos muito
"bonitos" e em que o sistema HD
é pródigo, falseiam a própria luminância da Fotografia produzida. Com
frequência, alguém mais habilitado, olha uma dessas fotos e dirá, "essa
Luz é falsa", o que não invalida a avaliação positiva dessa fotografia
quanto a variados aspectos estéticos.
Uma outra variante de designação do trabalho que alguns
produtores realizam é a chamada
Fotografia Contemporânea. Dou por mim a pensar que se ela é de Hoje ela é
contemporânea, assim tal designação não a poderei considerar estilo ou escola.
Algumas vezes parece ser uma fuga, para trás, quanto a designações outrora
utilizadas de forma pejorativa. Vive-se, e daí fotografa-se com demasiados
preconceitos. E por cá, neste jardim à
beira-mar, os preconceitos aplicam uma redobrada intensidade. O meio é pequeno
"todos" se conhecem, mas só alguns têm acesso à promoção em fazendo
parte do grupo A ou B, não que os grupos tenham algo contra si, a não ser o
facto de se olharem de lado e aos que não fazem parte do grupo. Discute-se mais
a avaliação do personagem que o valor do trabalho produzido ou a sua coerência.
Em suma, o Portugal Queirosiano aplica-se bem à Fotografia.
segunda-feira, 27 de maio de 2013
CONVITE AOS SEGUIDORES
Para alguns não é nenhuma novidade o trabalho de autor que desenvolvo, tenho contudo a certeza que a grande maioria não visita os "blogues" que vou mantendo com a minha produção pessoal.
Entendo, são milhões os trabalhos de grande fotógrafos que se podem encontrar no espaço virtual o que não invalida que aqui deixe um convite para uma visita da vossa parte e a que sendo seguidores se manterão informados das entradas que efectue.
Obra variada e em diferentes áreas de execução posso esperar que não defraudarei o vosso olhar, que desejo critico e que o demonstrem.
http://pinholeiro.blogspot.pt/ Um espaço que dedico à Fotografia Estenopeica (vulgo pinhole)
http://galeriartefotografica.blogspot.pt/ outra perspectiva do olhar e em que reflicto muito do meu ser "Fotográfico", aqui um vasto conjunto de propostas
http://lutatodososdias.blogspot.pt/ um outro discurso, o momento porque perpassa a sociedade portuguesa. A sua instabilidade e a demonstração dos seus conflitos
Ficarei a aguardar a vossa visita e o vosso sentido critico.
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