sexta-feira, 23 de setembro de 2016

IMAGE / CORPS. LA FIGURE HUMAINE


É notória a dominante da representação da figura humana nas imagens fotográficas. Com o aparecimento de acessórios práticos e cada vez mais sofisticados, facilitando a recolha de tais imagens, a representação do Eu e do Outro foi dominando a representação do Todo. Estudar a representação da Figura é um vasto campos de análise e observação. Os aspectos narcísicos já referidos por Lipovetsky a que se associa a representação de grupos e relações são suporte para uma intensa recolha de fotografias em torno da figura. Junte-se a produção publicitária e a promocional de diferentes campos de actividade, da artística à politica e será uma mar infinito de elementos de análise e discussão.

Por agora deixo-vos com o trabalho de Nassim Daghighian. Não deixando de ser uma análise a um período que antecede a "febre" da "selfie" e da utilização dos variados acessórios tecnológicos disponíveis para registo de imagens fotográficas,

 "IMAGE / CORPS. LA FIGURE HUMAINE DANS LA PHOTOGRAPHIE CONTEMPORAINE (1980' – 2000') Nassim Daghighian, histoirenne de l'art spécialisée en photographie, critique d'art et enseignante."

o trabalho teórico que vos proponho, será por certo uma abordagem que permitirá o entendimento de outros textos mais recentes.



































by Helmut Newton 

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

A política da estética da fotografia de Sebastião Salgado

Katia Regina Machado

Resumo: Toda representação visual mediática cuja temática trata de um aspecto problemático qualquer da realidade do mundo social tem como objectivo, declarado ou não, politizar seu espectador. Essa politização contribui para reforçar ou transformar a forma de percepção da realidade representada. A formalização estética adoptada pelo fotógrafo Sebastião Salgado para construir suas enunciações visuais faz emergir o debate sobre a questão das “boas” e “más” formas de politização do espectador de imagens, e dos efeitos sociais produzidos por essas. No presente artigo discutiremos sobre a proposição de politização da fotografia de Salgado, sobre o tipo de politização a que ela se opõe, e sobre a visão do mundo que ela visa a promover.

Palavras-chave: fotografia; Sebastião Salgado; politização da imagem.


Este trabalho de análise à produção fotográfica de Sebastião Salgado, vem ao encontro de algumas questões por mim já discutidas em diversas situações.
Possuindo pontos de confluência nas minhas observações, não deixa contudo de possuir pontos de divergência e novos pontos de observação.
Espero que traga aos que o lerem, a satisfação que em mim provocou e o estimulo para uma cuidada e uma observação atenta à leitura da imagem fotográfica, quer em Salgado quer noutros autores.


Aqui fica o endereço para o documento

Boa leitura



quarta-feira, 20 de julho de 2016

O Rosto da Técnica

O Rosto da Técnica: 
Walter Benjamin e a Arte Fotográfica


SÉRGIO DIAS BRANCO
Comunicação apresentada nas VII Jornadas de Filosofia: A Filosofia e as Artes, org. NEFILUM.Universidade do Minho, 29 Abr. 2016. [1680 palavras]

 Umas leitura que vos proponho. De rápida leitura mas estimulante para uma percepção do pensamento teórico de alguns autores, em torno da fotografia.



pormenor do trabalho


segunda-feira, 6 de junho de 2016

Hoje Escrevo Eu - Fotojornalismo

"Steve McCurry, el escándalo de una leyenda de la fotografía"

http://www.elmundo.es/grafico/cultura/2016/06/01/574df213e5fdeae10b8b4600.html

Vários foram os textos lidos em torno da questão titulada pelo "El Mundo". Por cá nem um texto sério. Nem as "criticas" passaram para além da questão do uso despudorado do tratamento digital, alterando dessa forma a representação do "real", sendo que para mim o real está para além da representação fotográfica. O real é por certo uma das mais falsas catalogações que se pode dar à Fotografia. A representação do que se vê é uma busca e não um fim. A própria representação inicial da Fotografia é do mais falso que se pode observar. Nesse tempo e face à baixa sensibilidade das emulsões, os tempos de exposição eram longos e daí as primeiras fotografias representarem construções estáticas. Não se mexiam, conseguia-se assim uma definição óptima dos elementos construídos. mas essas fotografias eram falsas. Nenhum humano, animal ou veículo aparecia representado. Mas eles andavam por lá. Mas eram demasiado rápidos. E assim nasceu um tipo "duro" em termos estéticos e que ainda hoje sofre essa influência. A Fotografia de Arquitectura. Já o Fotojornalismo levaria algum tempo a aparecer. E quando se dá o seu aparecimento ele é falso.

É uma representação encenada e resultado de duas características, o peso e dimensão do material empregue e a necessidade de uma visão idílica da guerra. Os cidadãos não deveria ser confrontados com o horror.





Alguns anos mais seriam necessários para que a emulsão visse reduzida a sua dimensão, O surgimento da película de 35 mm e a respectiva evolução, associado ao aparecimento da celebérrima Leica, de pequena dimensão e fácil manuseamento vai abrir uma nova forma para o percurso do Fotojornalismo. E assim surge uma nova forma de olhar o acontecimento e dele se destaca Erich Salomon.


Mas começava aí um percurso em que a representação do "real" era desde logo uma opção a que o repórter não fugia. Ele lidava com a mais classicista das artes, ou técnicas, como preferirem. A sua escolha, quanto ao elemento a fotografar era desde logo uma forma de manipular o contexto. Cedo se começou a eliminar personagens das fotografias. Muitos e variados trabalhos abordam a questão.

O peso dos afectos ou da ideologias e dos interesses económicos vão influenciar o material recolhido. Já o processo de representação estética vai encontrar nas diferentes construções ópticas e na variada (sempre em crescendo) proposta de emulsões e em que os papeis são os que exponencialmente mais crescem, facilitando dessa forma o trabalho aos impressores. Do aspecto dramático ao mais suave dos contrastes a possibilidade de variar o produto final e dessa forma provocar a "leitura" desejada e assim o impacto mais intenso de uma representação factual a preencher o espaço jornalístico. Os interessados na questão podem hoje percorrer a Historia do Fotojornalismo ao longo de mais de 150 anos e com relativa facilidade encontrarão exemplos bem representativos deste meu pensamento discursivo. Mas, hoje, tudo se parece alterar de forma tempestuosa. É a "verdade" do digital. Muito pouco verdadeira. Tudo muda com muito mais forte intensidade. Tudo se manipula. Nada resta da imagem inicial. As pessoas são tentadas a que o produto que vão mostrar seja o mais belo ou o mais terrífico. Por cá brinca-se às discussões sérias. E basta ler alguns comentários em torno da noticia que abre este texto. Para muitos o Fotojornalismo pouco mais é que as fotos dos "craques" do futebol ou das garotas dos "padocks" ficando a discussão muito pela rama.




Por cá a manipulação é mais ao nível do conceito que se enraíza na forma e no conteúdo. Há pouco jornalismo de exigência e que ultrapasse a estagnação editorial. Os autores "actores" são bons, ou talvez não. Mas são sofríveis. Não sabem é o que é Jornalismo, para lá dos chavões da redacção a que pertencem. Cumprem a encomenda. Mostram o equipamento que os afirma e pouco mais. O processo que os vai trucidando é muito forte. E a qualidade do jornalismo muito medíocre. São fotos de circunstancia. outras vezes os exageros de umas figuras "típicas" que atraem comentários jocosos. Vezes outras uma " socialite" da nossa praça. E assim uns vão bem e outros mal Em especial o Jornalismo.

Talvez me tenha afastado do assunto de abertura? Talvez! Talvez não.

sábado, 16 de janeiro de 2016

Cartografía Visual Del Poder


Li de uma assentada. Mais uma forma de através da Fotografia fazer análise social. A importância da representação de um discurso de Poder, através da representação fotográfica.
Um trabalho que me entusiasmou e que aqui vos deixo.

Boa leitura








Dele destaco um parágrafo que representa o todo de uma análise consistente e entusiasmante.