terça-feira, 19 de julho de 2011

FOTOGRAFIA E TEMPO: VERTIGEM E PARADOXO

CLÁUDIA LINHARES SANZ

"Resumo
A atualidade está, cada vez mais, saturada de fotografias e esvaziada de duração. Nesse sentido, a experiência temporal parece ser o elemento central pelo qual se efetuam as transformações da subjetividade contemporânea e essa alteração é acompanhada de uma alteração também significativa na produção imagética, sobretudo fotográfica. A fotografia que, pelo menos desde o final do século XIX, faz parte de um patrimônio coletivo, narrado e transmitido através de gerações, se transforma de modo significativo nesse novo contexto. Para pensar as inéditas dimensões dessa experiência é necessário, portanto, tratar a fotografia não como simples representação do tempo, ou síntese espacial, mas como, ela própria, experiência de cunho temporal, reunindo tanto uma dimensão epistemológica e cronológica, quanto uma dimensão existencial e anacrônica."

Espero que, ao lerem o resumo com que Cláudia Sanz abre o seu trabalho, sintam o desafio que me agarrou para a leitura de uma penada de algo que me entusiasma na fotografia, a sua relação com o Tempo. E, se na minha forma de corporizar a ideia de relação entre Tempo e Fotografia abri mão de uma frase que me acompanha desde há alguns anos "A Fotografia é o percurso da Luz no Tempo", Cláudia Sanz leva-nos ao encontro dos muitos tempos de que é feita a Fotografia. 


Aqui deixo o endereço onde podem descarregar o texto completo

segunda-feira, 18 de julho de 2011

FOTOGRAFIA CONTEMPORÂNEA


Discutindo a imagem fotográfica
Annateresa Fabris

O observar da Fotografia Contemporânea estende-se hoje por um período de alterações profundas do próprio discurso fotográfico. Se nos anos sessenta estávamos perante alterações sociais (Maio de 68, guerra do Vietname, música POP, mini-saia) que influenciavam fortemente o olhar sobre um Mundo em transformação, a última década tem na mudança técnica registada, (o aparecimento do digital) a razão de força de alteração do discurso fotográfico. A vulgarização do acessório que se torna objecto de consumo, em ligação directa com as redes sociais é por si só elemento que vai influenciar o olhar sobre as transformações que se dão na sociedade em geral. São essas transformações que influenciam a representação fotográfica e que se tornam razão para uma análise que Annateresa Fabris exprime a dado passo do seu trabalho.

"A simulação numérica, de fato, engendra uma nova dimensão do real, que Edmond Couchot denomina “um analogon purificado e transformado pelo cálculo”, por ser diferente da cópia, da representação e da duplicação. Esse analogon tem um modo de existência paradoxal: apresenta uma aparência perceptível, faz parte do real, mas é totalmente constituído por cálculos, distinguindo-se por isso do real. O universo da imagem numérica comporta duas maneiras distintas de configuração visual."

Mas é a fotografia da última metade do século XX que serve de suporte ao trabalho que nos apresenta e que eu aqui vos proponho.

http://www.fotografiacontemporanea.com.br/artigos/17/3F61ED2FA5BF4CC7B4279EDBD79DC6EA.pdf

terça-feira, 12 de julho de 2011

Imaginário Cromático


Um Olhar sobre os Registros Fotográficos de Miguel Rio Branco


O trabalho teórico conjunto de Fábio Augusto Almeida de Oliveira e Rogério Ghomes e referido como artigo, sob o titulo, "Imaginário Cromático: um Olhar sobre os Registros Fotográficos de Miguel Rio Branco" embora sobre um autor pouco divulgado entre nós, abre um interessante caminho de leitura pelos interessantes conceitos que nos apresenta.

Ao percorrer diferentes momentos da história da Fotografia que todos de uma forma ou outra conhecemos, a que a citação de alguns espaços de teorização de diferentes autores dá corporização, os autores facilitam o entendimento de diferentes aspectos teóricos da leitura da imagem fotográfica.
Mais que um voo sobre o trabalho de Miguel Rio Branco o artigo em causa sobrevoa alguns aspectos do documentalismo fotográfico. 

Aqui deixo a ligação para o texto que vos proponho.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Continuando a Pensar o Preto e Branco


Semiótica del Color: Blanco y Negro vs. Color en la Estructura Fotográfica
José Enrique Finol


Para estimulo à leitura deste texto aqui fica um pequeno aperitivo, o "Resumo" retirado do trabalho em causa.

Resumen

      La distinción entre blanco/negro y color ha marcado la historia visual de la sociedad de este siglo que finaliza. La generación que hoy asumirá papeles protagónicos en el próximo milenio ha sido marcada visualmente por el color. No obstante la reactualización de mensajes en blanco/negro plantea importantes interrogantes sobre la naturaleza semiótica de estas transformaciones y de los patrones estéticos que ellas generan. En la presente comunicación se propone rediscutir la oposición blanco/negro vs color a la luz de la semiótica, de acuerdo con la cual el color es analizado desde un punto de vista estrictamente cultural. Para ello se ha elegido el contexto venezolano, más específicamente el de dos grupo de jóvenes universitarios a quienes se les pidió interpretar una misma fotografía. El primer grupo trabajó con la versión en blanco y negro y el otro con la versión en color. Luego se compararon ambas interpretaciones y se buscó construir un modelo semiótico que explicara las diferencias surgidas entre una y otra a fin de construir una respuesta que explique el modelo cultural que subyace en las respuestas dadas. Una primera hipótesis interpretativa señala que mientras la fotografía en blanco/negro trabaja en el orden temporal con la noción de /pasado/ y en el orden espacial con la noción de /cercanía/, la fotografía en color, por el contrario, desarrolla la noción de presente, en el orden temporal, y la de /lejanía/, en el orden espacial."

Continuando a Pensar o Preto e Branco

 

_A percepção cromática na imagem fotográfica em preto-e branco: uma análise em nove “eventos de cor”_Luciana Martha Silveira